Se você começou gravando no home studio, provavelmente está fazendo uma das piores gravações da sua vida. Sem ofensa, mas é assim que acontece.
Você vai criar uma marca para uma arte que exige habilidade, técnica, talento e experiência. Você provavelmente está fazendo um monte de besteira ao longo do caminho. Mas acho que assim como eu, ainda comete erros. É tudo parte do processo.
Houston We Have A Problem
Dito isto, se é que podemos aprender algumas coisas que irão minimizar os nossos erros e a dor envolvidas, então as chances são boas de podermos chegar a gravações melhores e mais rápidas, né? Não se preocupe, eu estou aqui para ajudar. Embora haja muitas coisas que podem dar errado em uma sessão de gravação, hoje eu quero destacar seis dos mais comuns “erros” que eu vejo os proprietários de home studio cairem e como sair do mesmo, podendo melhorar suas gravações imediatamente!
Erro # 1 – sem uma base guia apropriada
Esse é o maior erro que você pode fazer antes de apertar o REC. Criando uma nova sessão, ajustando os microfones, mergulhar na gravação, tudo isso sem a preparação adequada, certamente estará caminhando diretamente para o fracasso. A melhor coisa que você tem a fazer desde o início é organizar as coisas, começando por uma base guia sólida e uma sessão organizada e coerente.
A base guia é um conjuto de pistas que irá guiar os músicos e o engenheiro na jornada de gravação, dando uma visão mais clara de onde estão indo.
Coisas para incluir em sua base guia são:
- Guia da música(base) com algum instrumento harmônico e voz
- Mapa de tempo, preferencialmente ter a base com o metronomo da DAW
- Sessão rítmica, pode ser um loop ou uma batera guia
- Marcadores para guiar as partes da música, verso, refrão, ponte, etc…
Ao tomar um pouco de tempo extra para definir esses elementos, a sua banda ou músicos (ou você mesmo) serão eternamente gratos, pois podem ouvir onde eles estão na música, se sentir confiante sobre o que eles devem desempenhar e por sua vez, entregar uma performance mais musical e profissional, tendo em mente o que eles vão fazer na música sabendo onde estão pisando e não como cegos numa sessão desorganizada. E honestamente, qualquer coisa que você puder fazer para melhorar suas gravações certamente vai ser melhor pra todo mundo.
Erro # 2 – Níveis de gravação Too Hot
Este erro nos remete ao tempo das gravações analógicas. Quem nunca ouviu a célebre frase: “No digital, grave o mais alto que puder sem clipar”. Isso é o que fazíamos no início das gravações digitais, a fim de favorecer a famigerada relação sinal – ruído. Durante uma gravação num belo console analógico e num belo gravador de fita o comum era, quanto mais “quente” você gravar, mais quente será o resultado gravado, por causa da compressão natural ou saturação dos componentes envolvidos.
Nenhuma destas razões existem no mundo gravação digital.
Se você estiver gravando em uma DAW e interface de áudio moderna, praticamente terá um sinal limpo com baixíssima relação sinal-ruído. Você não rpecisa empurrar o sinal muito “quente” em tudo.
Na verdade, quanto mais quente você empurrar pior pode soar, porque computadores não lidam com altos níveis de sinal da mesma forma que o equipamento analógico faz. As coisas podem ficar um bocado perigosa se você está empurrando tudo perto do vermelho. A melhor coisa que você pode fazer é ser cauteloso, talvez 50% do range total. Você será capaz de obter mais volume e sinal de suas faixas, com compressão, então não se preocupe. Basta ligar os alto-falantes e esquecer os velhos axiomas de “alto, mas nãosem clipar.”
Artigo escrito por Graham Cochrane do site: http://therecordingrevolution.com
Traduzido e modificado por Diego Moreno
Bacana!!! Descobri que, exceto os marcadores de "verso", "refrão", eu não estava cometendo nenhum erro!!!! 🙂
O Graham apavora no site dele.. é mtooo fera mesmo..
Mesmo assim valeu pela tradução