O RE-AMP é uma técnica antiga que utiliza um sinal gravado para re-enviar a um amplificador e assim, conseguir mais possibilidades de timbre.
Para quê?
Para simplesmente ter opções de timbres durante a mixagem do seu projeto, ou simplesmente utilizar um Amp específico em um outro momento.
Leia:
Como já falamos em outra coluna sobre DI, é possível gravar o sinal puro da sua guitarra ou violão e utilizar a gravação para timbrá-la com auxílio dos modeladores de Amps e FX. Que tal usar um Amp de verdade?
Pois bem, lembra daquele riff maravilhoso que lhe veio à mente outra noite dessas? Pois é, eram 3:00 da manhã e nenhum vizinho ia negociar aquele silêncio com você. E aquele baixista sinistro que foi gravar no seu estúdio mas o Amp que ele gostaria de usar não estava disponível no momento.
Usando a técnica de garavação direta com a DI, monitorando por um modelador em sua DAW, você poderá gravar o que for necessário, aproveitando a performance do músico presente ou a idéia fresca da madrugada e, quando necessário ou possível re-enviar esse sinal para uma saída da sua inteface, conectá-la à uma DI e conectar essa ao amplificador preferido. Uma vez isso feito e funcionando, será necessário microfonar o Amp da forma como quiser (ou puder) e gravar as várias combinações que se adequarem ao contexto da música.
Para fazer isso, é possível utilizar uma DI específica (da marca ReAmp) ou mesmo uma DI normal. Tomando como exemplo o modelo da Radial, o manual orienta que se conecte da mesma forma como se fosse gravar, mas ao invés de conectar a DI nas entradas, deve-se conectar nas saídas e, o cabo mono banana que ligaria o instrumento à DI deve ser conectado ao Amp. Isso é muito útil, caso você tenha gravado su projeto ao vivo, como descrito na coluna de DI.
Cuidados Nesse caso, ainda segundo o manual, o nível de saída do sinal não deve entrar muito alto na DI, pois isso poderia danificá-la.
Segundo Dennis Zasnicoff do site www.audicaoritica.com, veja outras situações onde re-amping pode ser útil:
“- Problemas com barulho à noite: grave as guitarras secas em linha (sinal elétrico direto para o gravador), sem passar por amplificadores e microfones. Na manhã seguinte, faça re-amp.
– Entrosamento com a banda durante a gravação: alguns guitarristas preferem gravar junto com o resto da banda. Mas para que baixo e guitarra não vazem nos microfones da bateria (e vice-versa), grave as cordas em linha, enquanto os músicos monitoram a performance com fones de ouvido (e possivelmente algum plugin de simulação de amp). Mais tarde, utilize re-amp para gerar o timbre perfeito.
– Precisa de novos timbres / camadas para a música? Houve algum problema na gravação original? Se você tomou a precaução de gravar uma cópia em linha enquanto microfonou o amplificador, este áudio seco pode ser re-amplificado na sala para se obter aquela camada harmônica e reverberante que se encaixa perfeitamente com a original. Ou então, para substituir a gravação original que veio a se mostrar muito distorcida ou reverberante.
– Se o Plugin não convence, experimente re-amp em um bom estúdio de gravação. Pode fazer toda a diferença.
– Muitos modelos de combos e pedais? Varie equipamentos e configurações. Conheça as melhores salas e as melhores posições dentro da sala. Quando tiver um tempo, faça re-amp e escute os resultados, assim você não atrasa a sessão de gravação e não precisa fazer decisões sob pressão. Que tal gravar vários MICs e trilhas ao mesmo tempo, para escolher depois?
– Dobras de voz criativas. Quem disse que re-amp só funciona para guitarras? Mande aquela gravação de voz para a sala e microfone. Você pode ficar surpreso com o timbre resultante. Uma leve distorção, pequeno atraso, harmônicos.
– Reverb natural. Se a sala é boa, por que não utilizá-la como câmara de reverb? Principalmente se bateria e voz já gravaram nela. Utilizar o reverb natural da sala nas outras trilhas vai ajudar na consistência do mix. Reproduza as pistas dos instrumentos na sala e posicione o(s) mic(s) à distância. Este é o reverb à moda antiga, natural, extremamente complexo e convincente. Difícil de ser simulado no computador.”
EXPERIMENTEM!!!
Vinnie Azevedo é colaborador do Áudio Repórter, Produtor e Engenheiro de Mixagem .
No Twitter: @vinnieazevedo
Muito bom o texto
só tem como fazer isso com o re-amp mesmo ou consigo gravar direto na placa de som ??? e fazer o re-amp também direto da placa de som
reamp custar 700 500 ou ate 200 pr amim me faz querer tocar denovo … muito caro só pra usar bemmmmmmmmmmmmmmmm de vez em nunca