Há um problema que assola muitos engenheiros de som ao redor do mundo, inclusive eu: nós pensamos já sabemos tudo sobre microfonação.
Você pode ter gravado um monte de bandas e encontrou algum sucesso com sua técnica de microfone, mas o problema reside na sua teimosia para realmente ouvir a fonte em vez de confiar na experiência passada.
O que funciona uma vez, pode não funcionar novamente.
Todo mundo que eu converso quer uma solução rápida. “Apenas me diga onde colocar o microfone para gravar _________ e eu vou colocá-lo lá.” Lamento desapontar as pessoas, mas não funciona desta maneira. Ah, claro, existem algumas formas de microfonar que deram certo pra mim antes, mas você não precisa saber disso se quiser achar o melhor som.
Há simplesmente muitas variáveis em um ambiente de gravação (fonte, sala, músico, mic, posicionamento, pré-amplificador, etc) o que não torna tão fácil assim utilizar aquela técnica que você usa toda vez que grava. O ideal seria começar do zero cada vez que for microfonar.
O que fica bem na revista (ou blog) pode não funcionar pra você.
O problema com revistas (e blogs como o meu) é que só podemos dar importantes pontos de partida e sugestões para a colocação do microfone. Não podemos realmente estar lá no seu quarto com a sua arte e ouvir o que você está ouvindo. Se você fosse simplesmente tomar de alguém sugestões para o posicionamento de microfone e executá-lo sem pensar, você provavelmente não obterá os resultados que você deseja. É triste mas é verdade.
Seu ouvido Funciona!
Aqui está o que você e eu precisamos fazer cada vez que nos sentamos para gravar: esqueça o que você sabe sobre a colocação de microfone e começe com seus ouvidos. Deixe o artisca cantar um pouco, pare e escute, experimente, grave, não tenha pressa nessa hora.
O que você ouve?
Onde é que o instrumento soa no seu melhor?
Onde soa pior?
Quem se importa como os engenheiros famosos microfonam as coisas?
Confie no que você ouve. Coloque o microfone (s), em um ponto, grave um pouco, ouça de volta e ajuste conforme necessário.
Os melhores engenheiros são os que tratam a fase de gravação como se fosse a primeira vez, explorando e experimentando em busca do melhor som. Os piores engenheiros são os que entram em uma sessão de gravação com uma fórmula de ouro e não desviam um centímetro sequer desse caminho. Entendeu?
Este artigo é traduzido e modificado por mim do site therecordingrevolution.com