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terça-feira , 19 novembro 2024

Os três grandes estilos de mixagem

 Segundo Bobby Owsinski, até o final dos anos 80 ou mais, era fácil dizer aonde uma gravação foi feita apenas pelas suas características.  Mesmo hoje tendo uma distinção menor do que era antes, ainda é possível identificar os três principais estilos de mixagem. São eles:

 

Estilo de New York

Esse talvez seja o mais fácil de indentificar dentre os três por causa do uso excessivo de compressão, o que torna a mix mais agressiva e com punch. Em muitos casos, os instrumentos são recomprimidos muitas vezes ao longo do caminho. Os engenheiros de NY costumam enviar a bateria (as vezes com o baixo junto) a um par de busses,  passam em alguns compressores espremendo a vontade, então adicionam uma quantidade criteriosa da bateria comprimida de volta para a mix (o que chamamos de compressão paralela). Para melhorar mais ainda, eles dão um gás nas baixas e altas frequências do sinal comprimido. Exemplos desse estilo são: Living Colour, The Smithereens ou o álbum solo do Mick Jagger “She’s the Boss”.

Para saber mais, leia: Compressão Paralela

 

 

Estilo de Los Angeles

Aqui, o som é um pouco mais natural. Há compressão, mas bem menos do que o estilo de New York. Também há efeitos, mas menos que o estilo de Londres.  O estilo de Los Angeles sempre tentou capturar o evento musical e aumentá-lo um pouco em vez de recriá-lo. Exemplos: Doobie Brothers ou os hits do Van Halen dos anos 70 e 80.

 

 

Estilo de Londres

O som de Londres tem múltiplas camadas de efeito e um pouco da compressão de New York.  Faz-se muito uso do que é conhecido por perspectiva,  que coloca cada instrumento em seu próprio ambiente sonoro. Outra característica desse estilo é o arranjo; muitas partes aparecem em momentos diferentes durante a mix. Algumas para efeito e outras para mudar a dinâmica da música. Cada parte nova estará em seu próprio ambiente e, como resultado, terá uma perspectiva diferente. Um bom exemplo é a música do “Owner of a Lonely Heart” do Yes, ou também músicas da Grace Jones e do Seal.

 
E então, qual desses 3 estilos você usa mais em seus projetos?? E como você descreveria o “Estilo do Brasil”?
 
Até a próxima!

 

Traduzido do livro “Mixing Engineer’s Handbook”

Sobre Karen Ávila

é colaboradora do Áudio Reporter, formada em Produção Musical pela Anhembi Morumbi e assistente do produtor musical Eduardo Pepato.

Confira também

Gravação do DVD da dupla Maiara & Maraisa

Eu e o meu amigo Renato Riva estávamos lá e vamos contar pra vocês um pouquinho de como foi o evento ;)

6 comentários

  1. Interessante como cada estado, cidade ou país, carimba suas particularidades nas obras musicais. Cultura, áudio tb é!

  2. Material muito produtivo Áudio Repórter… parabens!

  3. Galera sempre mandando ver, diria que uso pelo menos a mistura de dois desses estilos, o Londres e o New York. Porém sempre tento buscar algo "particular" dentro das minhas mixagens. Grande abraço

  4. Nao uso nem um porque não sei nada, talvez assim consigo criar o estilo “Na orelha”

  5. Valew Karen! Tive essa aula com o Pero Rosa. Paulo Golin

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